Em post anterior, comentei sobre como a elaboração incorreta de citações e referências pode ser caracterizada como plágio.
Vou dar continuidade ao assunto, tratado de outras duas situações envolvendo citação de obras não lidas. Trata-se, basicamente, de citar o cara mais famoso, visando criar uma falsa imagem de autoridade intelectual.
Essas práticas são evidentes transgressões éticas.
Isso é claramente antiético, pois não reconhece o trabalho de tradução, interpretação e síntese que a Maria da Silva teve.
A pessoa pega um trecho citado literalmente em um trabalho, copia e referencia como se ela tivesse lido o trabalho original.
Vou dar um exemplo.
Digamos que alguém esteja escrevendo sobre pesquisa e docência e esteja lendo o artigo: "A pesquisa na formação em exercício de professores de ciências e biologia", de Oliveira e Chapani, e encontra a seguinte citação literal de um livro de Paulo Freire:
O correto a ser feito é:
(Quero dizer, na verdade o correto mesmo é nosso acadêmico deixar de ser tão indolente e ler Freire, que é referência obrigatória ao tratar da relação entre pesquisa e docência.)
Essas falhas são difíceis de serem descobertas, mas com certeza quem fez, sabe que fez e agora sabe também que é errado fazer dessa forma.
Vamos citar quem a gente de fato leu?
Crédito da imagem
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Vou dar continuidade ao assunto, tratado de outras duas situações envolvendo citação de obras não lidas. Trata-se, basicamente, de citar o cara mais famoso, visando criar uma falsa imagem de autoridade intelectual.
Essas práticas são evidentes transgressões éticas.
1 - Citando ideias de obras não lidas.
Vamos pegar um caso hipotético: uma pessoa está escrevendo um artigo sobre processos de aprendizagem e tomou conhecimento da obra de Piaget, por meio do livro "Piaget para Leigos", escrito por Maria da Silva. Mas, quando cita as ideias de Piaget, ela não cita a Silva, cita o Piaget.Isso é claramente antiético, pois não reconhece o trabalho de tradução, interpretação e síntese que a Maria da Silva teve.
2 - Citando as palavras de autores não lidos.
Parecido com o primeiro caso, só que agora a apropriação é de citações literais.A pessoa pega um trecho citado literalmente em um trabalho, copia e referencia como se ela tivesse lido o trabalho original.
Vou dar um exemplo.
Digamos que alguém esteja escrevendo sobre pesquisa e docência e esteja lendo o artigo: "A pesquisa na formação em exercício de professores de ciências e biologia", de Oliveira e Chapani, e encontra a seguinte citação literal de um livro de Paulo Freire:
que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza prática do docente a indagação, a busca, a pesquisa, o de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador (FREIRE, 1996, p. 32).Então, nosso indolente acadêmico copia a citação literal e referencia Freire, como se tivesse de fato lido a "Pedagogia da Autonomia".
O correto a ser feito é:
que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza prática do docente a indagação, a busca, a pesquisa, o de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador (FREIRE, 1996, p. 32 apud OLIVEIRA; CHAPANI, 2017, p. 5).Nas referências deve-se colocar o obra de Oliveira e Chapani.
(Quero dizer, na verdade o correto mesmo é nosso acadêmico deixar de ser tão indolente e ler Freire, que é referência obrigatória ao tratar da relação entre pesquisa e docência.)
Essas falhas são difíceis de serem descobertas, mas com certeza quem fez, sabe que fez e agora sabe também que é errado fazer dessa forma.
Vamos citar quem a gente de fato leu?
Crédito da imagem
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