Plágio involuntário: não caia nessa! Cuidado com as citações e referências de seus textos acadêmicos
- existe o plágio voluntário,
aquele em que a pessoa usa material já publicado e não indica a fonte.
- e existe o plágio involuntário, aquele em que a pessoa, sem querer, não faz corretamente a citação e referência das obras utilizadas.
O plágio involuntário, pode ocorrer por distração. Por exemplo, ao editar o texto, o autor não se dá conta de que excluiu a parte em que fazia a citação da obra utilizada.
- Todos nós estamos sujeitos a erros desse tipo. Mas, sabe, na verdade não importa muito se você deixou de citar por distração ou de propósito, é considerado plágio do mesmo jeito.
Por exemplo, tem gente que não sabe que é necessário referenciar trechos de trabalhos de sua própria autoria.
- Sim, é isso mesmo, parece absurdo, mas existe uma coisa chamada AUTOPLÁGIO!!!!! Loucuras desses tempos de produtivismo selvagem! Mas fazer o quê? vamos citar certo, então. Veja esse exemplo:
No artigo "Formação reflexiva de professores de ciências e enfoque ciência, tecnologia e sociedade: possíveis aproximações", em que eu sou uma das autoras, cito uma passagem da minha tese:
Sendo assim, é importante refletir sobre as ações formativas de professores dessa área, na busca de uma mudança epistemológica que contribua para alargar a compreensão dos docentes sobre a natureza do conhecimento (CHAPANI, 2010).
Viram que, mesmo sendo um trabalho de minha autoria, eu precisei fazer a citação?
Outro erro muito comum é fazer uma citação literal como se fosse uma citação indireta.
Veja esse exemplo:
No artigo "Formação universitária de professores: a participação de licenciandos de ciências biológicas em grupos de pesquisa", se tivéssemos escrito desta forma, teríamos errado:
De acordo com Oliveira (2011), os grupos de pesquisa podem se estabelecer como um dispositivo de formação, pois constituem-se como espaço que possibilita a experiência mobilizadora de saberes, representações instituídas e outras formas criativas de pensar as relações e a formação.
Mas fizemos corretamente indicando exatamente quais trechos do parágrafo foram criados por nós e quais foram produzidos por Oliveira:
De acordo com Oliveira (2011, p. 187), os grupos de pesquisa podem se estabelecer como um dispositivo de formação, pois constituem-se como “espaço que possibilita a experiência mobilizadora de saberes, representações instituídas e outras formas criativas de pensar as relações e a formação”.
Nunca se esqueça de destacar corretamente as frases e expressões citadas literalmente.
Portanto, para não incorrer em plágio involuntário, são necessárias: muita atenção e aplicação correta das normas de citações e referências.
Veja também:
Ainda sobre plágio (in?)voluntário e outras transgressões envolvendo citações e referências
Para saber mais:
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Para saber mais:
Ética editorial e o problema do autoplágio
Fraudes e plágios na ciência: a epidemia, o tratamento moralizador e seu fracasso
Referências dos trabalhos citados neste post:
BINATTO, P. F; CHAPANI, D. T.; DUARTE, A. C. S. Formação reflexiva de professores de ciências e
enfoque ciência, tecnologia e sociedade: possíveis aproximações. Alexandria:
Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v 8, n. 1, p. 131- 152, 2015.
OLIVEIRA, V. F. Formação docente e dispositivo
grupal: aprendizagens e significações imaginárias no espaço biográfico. Revista de Educação. v.34, n.2, p.
180-188, 2011.
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